terça-feira, agosto 29, 2006

sombra e espinho na taça do momento.
E os fulcros multiplos de meu pensamento.
se desfazendo em meio a agitaçàosem significado.
ainda assim eu te desejo,
voçê sabe.
seu prazer exala dos gestos em outra direçào.
força,furia e a minha teimosia
até a silaba fatal da frase e da sentença.
meus mundos infinitos de alegria e de paz,
minhas trincheiras ensanguentadas na bruma das manhãs.
carvão para as paredes brancas!
fogo,para o muco de meu pulmão!
amor inefavel
para a castraçãode nossos sonhos, meu amor.
estalam no escuro teus gemidos
no soluço seco de gozar,sozinha....

sexta-feira, agosto 25, 2006


Hoje meu coração não tem espaço
para o bom senso.
livros na estante,copo cheio,paredes sinistras me olhando
com desdém.
A maquina do tempo cavalgando a carcaça dos minutos;
cada vez mais rapido,cada vez mais rapido....Itálico
quando a vida era mais
sonhava com horizontes e garotas
viagens e sucessos.
E um dia voçê esteve em meus braços
linda como o céu ,doce como minha infancia ....
e agora ouço uma coruja no telhado
velha,prudente e sem vida
me dizendo para te esqueçer e retornar
ao universo de todas as pessoas que não sofrem
ao espaço comum dos que só tem metas.

sábado, agosto 19, 2006

Quando voçê chegar
no lugar,depois das batalhas do amor
estarei lá.
sorriso claro e peito aberto,
com margaridas cobrindo os campos
e com canções de alegria e beijos
do agora.
Repartiremos nossas frutas
e nossas almas
em silencio e entendimento,
enquanto cavalos alados
preparam o horizonte
para uma outra aventura...
e eu poderei finalmente te abraçar
Entre o ultimo gole de vinho
e o beijo de outra despedida
tento captar cada segundo de agora que me escapa.
Retendo entre os dedos o fio da esperança,
olhando com sarcasmo
suas fotos amarelando na estante,
construindo o desespero com sonhos de uma vida ampla
maior que as catedrais do infinito!
Mais voçê não veio....
a casa que te aguardava ficou triste.
e os passaros da primaveraforam morrer no polo norte.
Aqui em minha sala novos deuses
criaram outros mundos,
sob a poeira da estrada que atravessei
para me perder de ti.
ceu negro.
a tempestadeespanca a cara das ruas
perfeito!
fumaça,blues & solidão aqui dentro,
mortos correndo la fora.
meu peito estraçalhado
e os trovões.
sono embriagado para envolver
minha dor.
onde está voçê?arrancada da medula de meu desejo,
ardendo em minha memória como um cancro podre
e ainda guardando nos braços
os melhores momentos de minha vida
alguem mais sensato
e menos vivoque voçê pode amar
sem se expor, eu sei...
um apocalipse de raios no céu.
As sementes morrem sob a terra
para a explosão de vida
quando eu te esqueçer.
Haverão tempos de paz!
E o sangue rubro que jorrou das flores
irá estancar sem deixar macúlas
e a voz murmurante do vento
já não entoará lamentos.
Passaros e arco-iris no céu
translucido.
Auroras sutis nos nossos
corações.
A serpente e o dragão apaziguados
serão nossas montarias através do infinito.
quero voçê meu bem.
doce e leve nos meus braços
suave como a chuva fina de manhã
com a coragem de viver seu corpo
e a harmonia nos braços e nos gestos.

quero voçê, meu bem.
linda,deslizando em seu destino,
amante doce,insegura para mim,
com o coração instavel florindo ao sol nascente
e mesmo sua dor refletida
na retina.

quero voçê ,meu bem.
com seu riso claro,seu humor inesperado
para demolir meu orgulho
de ser tão masculino.

quero voçê meu bem.
para encantar meu egoismo com
a tua vaidade
beber teu gozo e dividir meu vinho
e dar-te como a ninguem
A parte fragil de meu sonho
a medida exata de meu beijo.

sexta-feira, agosto 18, 2006


the gardem of the deligts, bosch
mais um passo em direção ao infinito....
meu coração inquieto tem sede de horizontes.
A ausencia de coesão na estrutura dos momentos
e o espanto inicial de todas as manhãs
me atiram nos braços do acaso
e nos beijos desesperadamente tristes
das mulheres que tocaram o mistério.
eu sinto o galopar das horas
sobre a carcaça dos sonhos e das esperanças
o bebum caido na calçada me conhece
o roto miseravel sem propósito me conhece
o ricaço com olhos de inseto que não sonha
me conhece.....
estou no coração de todas as pessoas
passeio insuspeito na trama dos própositos
sei o gosto exato das coisas menos procuradas
me costuro com a linha da paixão....
a chuva furiosa espanca a cara das
cidades.
beijos de amantes estalam em extases divinos,
meu amor pelas coisas se espalha nas quatro direções do universo,
mastigo o coração de deus com meus pensamentos...
.acendo um cigarro,abro meu omar khayam....
e deixo dilan me falar dos seus momentos .

william blake,the frist day
nãO SEI QUEM É O CULPADO....
mais costumo ter os sonhos mais lindos
e acordar em minha vida
para ver a mascara fingida
na cara dos outros.
já li os vedas,
o gita,
a doutrina do buda,
o tao-te-king,
a biblia
e o rubayat
nada resolve nada.
cada dia me sinto mais seco e sozinho...ou mais livre
e capaz.
a expansão de teu olhar
sobre a face do amor,
o momento perfeito do teu corpo
no meu, suando,
e a volta pra casa
estalando os dedos e assobiando
uma canção .
ah.... as mulheres.
a doçura de suas magoas,
a força temerosa de seu silencio,
o mêdo que eu sinto
perto de todas elas...
o brilho nos olhos quando ama,
o gesto de desprezo
quando não quer.
chuva fina sobreo oceano sozinho...
sobretudo...
as mãos e os gestos.
A soberania de seus desejos
sobre minhas opniões.
depois das batalhas,
a suavidade e a força
que se oculta para favorecer
a minha vaidade .
O amor que não devasta
não é amor.

um tição espalha
o mesmo calor
que uma fogueira?

noite e dia,durante
a vida inteira o verdadeiro
amante se consome
na dor e no prazer.

um pouco de pão
um pouco de agua fresca
a sombra de uma arvore
e os teus olhos!

nenhum sultão é
mais feliz que eu
nenhum mendingo
é mais triste.
omar khayam
Já trilhei por sendas arriscadas contornando abismos e fitando a céu infinito com anelo e desprezo,as ondas rugiam sob meus pés famintas e crueis,mais inocentes.Já amei e amo ainda desesperada e suavemente e poucas mulheres são fortes o bastante para se alimentar de meu beijo sem sentir vertigens e fugir.sempre colhi girassois a margens do caminho e a fome de pão nunca foi maior que a sede de alegria e liberdade,eu me banhei nas aguas do agora e me redimi de querer ser outra coisa ou outro ser.Meus amigos são guerreiros e lutam suas lutas sem buscar por mestre ou muletas,eles vivem ou me deixam sem remorso.Trago canções e espranças,e o acaso para mim é a tela sobre a qual eu pinto um mundo amplo e indefinido onde o céu é o limite.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Em que caminhos tortos esqueceste de sonhar?
passaros enganados cantavam em torno de tua cabeça
e muitas maquinas famintas atravessavam como setas
o silencio de teu peito.
jardins devastados pelo sopro de fogo do pavor...
Porém as aguas do amanhã beijavam teu pés
e os gritos da louca serpente te faziam correr,
que trajeto as cegas tateando entre coisas disformes
na floresta de tua confusão entre os homens!
onde estavas?o que querias?
para qual alvo a corda tesa do anseio apontava?
quem eras,pelos deuses,esqueceste?
hoje ainda és a mesma e afogada entre as aguas
do alheio pensamento,nem sofres por ti mesma.
Catando pedaços de afeto na superficie da desgraça
nem és capaz de amar.
e teu sonho,o anelo infinito por ti mesma
espera,
aguarda,
e confia,
em ti.
Nossos sonhos estão espalhados
pelo horizonte.
O sol maravilhoso brilha sobre
nossas cabeças...
onde iremos?
O rumor das ondas te leva a detestar o mar?
A incerteza dos dias coloca canções
de desespero em tua boca?
És grande,és imenso e tens mêdo de voar,
és breve,és pequeno e tentas contornar
o inevitavel com palavras.
Semeia os teus girassois,
fecunda teus dias com o olhar mais leve
sobre tudo.
E teus dias trilhando o caminho escuro terão colorido.
E mesmo tua solidão mais concreta terá no seio
a vitalidade sensual e heroica.