As ruas e seu
caos ordenado
As pessoas e
seus planos traçados
A arte que
não enternece
Nem mata
E por tudo
que há
Se faz
necessário
Um protesto
Contra o
barro do mundo
Contra esse metal reluzente
Contra esses pactos medrosos
Contra essa matemática de amores
Contra essa pedra
Contra esse cal
Contra essa primavera de
plástico
Contra essa pequenez de
palavras
Contra essa pele sem chagas
Não tenho nada a opor
Senão
a mim mesmo.