sábado, março 31, 2007

sangue vão

quando é que vai para de sangrar?
até quando esse cancro maldito com teu nome
vai supurar maldição em meu peito?
porque o demonio não arrebatou o passado
nas asas de algum pesadelo?
porque o punho das horas continua golpeando
minha esperança TÃO DOCE?
essa ferida de noites amargas
essa floresta estival carcomida pelo incendio
de tua partida.
me diz o que sobrou...
me fala do que restou para mim.

sábado, março 17, 2007

para o fim.

iremos um dia olhar nossos passos
e contar o que houve sorrindo
com os cancros da estupidez cicatrizados
e a chaga da indiferença refeita.
plantaremos talvez novas flores
dormiremos em paz,
permitiremos o outro
iremos recontar nossa história
suprimindo os passos sobre os espinhos.
e as coisas pelo avesso, e o silencio sem porquê
e a falta de contato, e a força do alheio
que consumiu os meus afetos, que desfez nossos projetos
irei te admitir, iras talvez me tolerar
e seguirei na minha estrada
e continuarás a procurar.