Preciso aprender que os horrores
Não me procuram na luz
Que não há mais caçadas
Que eu escapei são e salvo
que posso ressuscitar
os meus sonhos
E olhar na direção do horizonte
esperando embarcações e amores.
Eu ainda preciso relembrar tudo aquilo
Que ninguém deveria esquecer
Parar de dar duas voltas na chave
De salgar as raízes das flores
De procurar proposições como lanças
Para combater os fantasmas das dores.
Eu preciso ser leve, talvez descuidado,
Diariamente menos sombrio e cansado
Com uma suave paz de hortelã
E talvez alguma fé no amanhã.