poema muito humano.
na beira do mar,sorvendo em goles meu quinhão
de embriaguês admitida.
com o mundo sob os pés escorrendo lentamente
para direção alguma.
meus dias sob a mesa,
meu amor sem paz me consumindo,
minha filha linda rindo satisfeita...
o vento como um dedo do amanhã
consultando as mnihas esperançaS.
não tenho mais que isso:
uma mulher para me esperar em casa,
um trabalho para terminar,
o blues dando-me razão
e o sonho adolescente de renunciar ao mundo,
embriagado como estou
e sedento de todas as mulheres.