quinta-feira, junho 21, 2007

moinho

entre farpas e granadas
feridas do sim e do não,
vejo o sol elevar-se nas colinas
e chacais hediondos farejando uma carcaça.
são leprosos que se arrastam
com suas biblias, seus tratados, suas familias
sua honestidade fedorenta...
não vou opor-lhes minha espada
nem objetar com com o meu ressentimento,
minha querida.
vou convidar-la para dançar sob a lua imensa
e olhar de soslaio para o desespero.
enquanto o tempo como uma roda de moinho
tritura a solidez de todos os projetos.

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