Vou fuzilar o céu
com meu olhar cinzento
enquanto o arado de minha palavra
tenta extrair poesia
do cimento.
Vou namorar uma certeza
e fazer versos para o papelão
carregado como ouro por àqueles
que como a minha alma
não tem pão.
Vou me conciliar com o momento
aceitar, dócil e suave, o seu conselho
enquanto preparo um atentado sanguinário
para explodir em cacos
o seu espelho.
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