Você poderia me levar para longe,
E poderia se nutrir com silêncio
Poderiamos acalentar um cacto confuso e
Uma multdão de formigas.
A lua devoraria nossos corações e o
Sereno cairia sobre o livro aberto
Em nossa cama.
Seriamos dois e não teriamos
A ninguém,
Seriamos multidão
E um grito surdo no vazio
Não rasgariamos nossas consciências
Nem invocariamos o asfalto
Para defender a nossa causa.
O sorriso do tempo passaria
com a colheita geral dos encontros
mas adormecemos com nossos fantasmas no leito
Lábios opacos de encanto
mãos dadas com uma velha profecia.
Palavras acidentais, produzidas em gesto espontâneo para desaparecer em seguida no turbilhão do nada.
sábado, junho 27, 2009
quarta-feira, junho 24, 2009
Quero que me queiras, que me queiras com manhãs
E caminhadas
Com o júbilo silvestre no sorriso do capim,
Com o crescer silencioso das pedras sobre milhões de
Estrelas.
Eu tenho asas e você nunca cantou para meu sono,
Nunca levantou um só protesto contra o anoitecer
Que se aproximava.
E toda vez que meu sono de menino desertado
Rasgava teias,
Desfolhava girassóis
Você consumava a negociação
Com o vendedor do nada.
Quero que me queiras, mas também que não esqueças
Do quintal
Que não percas a contabilidade e
As perpendiculares coisas simples
Que nos afligem a cada amanhecer.
Que a cada amanhecer sempre nos afligem.
A caminho do trabalho eu estou tranqüilo:
Tenho um alaúde e um chapéu de zinco
E sou o filho preferido
Do brilho que existe
Em cada lembrança de desejo
Deserdado.
E caminhadas
Com o júbilo silvestre no sorriso do capim,
Com o crescer silencioso das pedras sobre milhões de
Estrelas.
Eu tenho asas e você nunca cantou para meu sono,
Nunca levantou um só protesto contra o anoitecer
Que se aproximava.
E toda vez que meu sono de menino desertado
Rasgava teias,
Desfolhava girassóis
Você consumava a negociação
Com o vendedor do nada.
Quero que me queiras, mas também que não esqueças
Do quintal
Que não percas a contabilidade e
As perpendiculares coisas simples
Que nos afligem a cada amanhecer.
Que a cada amanhecer sempre nos afligem.
A caminho do trabalho eu estou tranqüilo:
Tenho um alaúde e um chapéu de zinco
E sou o filho preferido
Do brilho que existe
Em cada lembrança de desejo
Deserdado.
domingo, junho 21, 2009
Projeto de a(r)mar
Amaria melhor e mais intensamente, sem as cores de meu verbo
Sem o galopar dos meus presságios.
Seria eu então um menininho privado de algarismos, garrafa de vinagre e lembrança
Das janelas.
Beijo perene ancorado na visão de novas primaveras congeladas,
Eu amaria melhor e mais intensamente sem minhas visões de mortos
Sem meus serões noturnos sem a voz dos campos desolados
Sem meu temor,
Sem minha dor,
Sem o coração de pássaro molhado acolhido pela relva em construção.
Eu amaria melhor e mais intensamente se brotassem margaridas
em minhas sombraçelhas,
se eu capturasse a essência do sereno
o dom da paciência e do florescimento.
EU amaria melhor se eu fosse alguma coisa,
se tivesse gravidade
Se me deslocasse para uma outra ansiedade.
Sem o galopar dos meus presságios.
Seria eu então um menininho privado de algarismos, garrafa de vinagre e lembrança
Das janelas.
Beijo perene ancorado na visão de novas primaveras congeladas,
Eu amaria melhor e mais intensamente sem minhas visões de mortos
Sem meus serões noturnos sem a voz dos campos desolados
Sem meu temor,
Sem minha dor,
Sem o coração de pássaro molhado acolhido pela relva em construção.
Eu amaria melhor e mais intensamente se brotassem margaridas
em minhas sombraçelhas,
se eu capturasse a essência do sereno
o dom da paciência e do florescimento.
EU amaria melhor se eu fosse alguma coisa,
se tivesse gravidade
Se me deslocasse para uma outra ansiedade.
quinta-feira, junho 18, 2009
Nosso amor é uma pequena ponta mesquinha
de horror.
Nossos afetos são os arames que cercam a planice
irregular do futuro.
Precisamos fazer algo a respeito das nuvens,
a urgência de uma ação corretiva grita nas alamedas
da aurora,
e os manifestos da rotina estão inscritos em nossos pulmões
abstratos.
Mas não existem coisas abstratas!
Não existem nuvens!
Não existem manifestos e a rotina não se inscreve em nada,
apenas no temor diário que nos mantém prisioneiros.
Pois não sabemos olhar nos olhos do incerto,
e devastamos nossas asas com fuligem, suspeita e controle.
Para no final de tudo seguirmos vazios,
nos agarrando a fumaça
com a marca das garras tatuada no peito
de outros tantos limites .
de horror.
Nossos afetos são os arames que cercam a planice
irregular do futuro.
Precisamos fazer algo a respeito das nuvens,
a urgência de uma ação corretiva grita nas alamedas
da aurora,
e os manifestos da rotina estão inscritos em nossos pulmões
abstratos.
Mas não existem coisas abstratas!
Não existem nuvens!
Não existem manifestos e a rotina não se inscreve em nada,
apenas no temor diário que nos mantém prisioneiros.
Pois não sabemos olhar nos olhos do incerto,
e devastamos nossas asas com fuligem, suspeita e controle.
Para no final de tudo seguirmos vazios,
nos agarrando a fumaça
com a marca das garras tatuada no peito
de outros tantos limites .
domingo, junho 07, 2009
sábado a noite.
Sentado em um bar qualquer
observando um velho ricaço
sugar o lábio neurótico de sua
esposa.
Bebendo para investir novamente
e para acelerara inevitável
derrota.
Eu conheço a rota de fuga,
sei consumar o processo,
mas apenas me sento em um bar.
Para observar moçinhos preservados da treva
com suas garotinhas sem cancros
e eu bebendo apenas por despeito e inveja,
para simplificar o julgamento do mundo.
Eu palmilhei a estrada,
sei onde está a saída,mas apenas me sento
em
um
bar.
observando um velho ricaço
sugar o lábio neurótico de sua
esposa.
Bebendo para investir novamente
e para acelerara inevitável
derrota.
Eu conheço a rota de fuga,
sei consumar o processo,
mas apenas me sento em um bar.
Para observar moçinhos preservados da treva
com suas garotinhas sem cancros
e eu bebendo apenas por despeito e inveja,
para simplificar o julgamento do mundo.
Eu palmilhei a estrada,
sei onde está a saída,mas apenas me sento
em
um
bar.
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