domingo, junho 07, 2009

sábado a noite.

Sentado em um bar qualquer
observando um velho ricaço
sugar o lábio neurótico de sua
esposa.
Bebendo para investir novamente
e para acelerara inevitável
derrota.
Eu conheço a rota de fuga,
sei consumar o processo,
mas apenas me sento em um bar.
Para observar moçinhos preservados da treva
com suas garotinhas sem cancros
e eu bebendo apenas por despeito e inveja,
para simplificar o julgamento do mundo.
Eu palmilhei a estrada,
sei onde está a saída,mas apenas me sento
em
um
bar.

5 comentários:

Rafael de Medeiros disse...

Sentaremos num bar juntos dia desses!!!

Rafael de Medeiros disse...

Eu não acredito num deus que não saiba dançar
Eu não acredito numa verdade que não saiba dançar
Eu não acredito numa matéria que não saiba dançar
Eu não acredito numa essência que não saiba dançar
Eu não acredito num
Eu que não saiba dançar
Eu não acredito num acreditar que não saiba dançar
Eu só acredito na mudança
E em tudo que dança...

Enzo de Marco disse...

iai meu velho amigo
na grande maioria das vezes o uqe nos resta é uma mesa de bar

Rafael de Medeiros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rafael de Medeiros disse...

Tanto prazer me dá
ser descendente de africanos
e não levantar a bandeira
do africanismo

Tanto prazer me dá
não mover uma palha
no sentido de
buscar as minhas raízes

Tanto prazer me dá
morar na periferia
e não trazer na fronte
a marca do subúrbio

Tanto prazer me dá
em meio ao mar de casas
não-rebocadas
ler a Medéia
e me emocionar

Ah! Tanto prazer me dá
escrever essas interjeições
arcaicas
nos meus versos

Tanto, tanto prazer me dá
verter lágrimas ante
a selva sintática
de Camões!

Strange Pleasure


Quanto prazer me dá
ser outsider disso tudo
dessa cultura de
"favela ê favela!!!"

- Mas que estranho prazer!
Você diz.
E eu deixo que vos responda
um tal poeta de epíteto "o puro".

-Afinal, prazer é sempre prazer.