O campo estava lindo. O sol suave da primavera cobria as flores multicores que dividiam o terreno com a grama verde. Passaros trespassavam meus ouvidos com seu canto enquanto uma brisa fresca me tocava o rosto com dedos de caricia. minha filha pulava e sorria animada pela planice iluminada correndo atras de pardais e borboletas com suaves gritinhos de alegria infantil. Uma doce e quente presença feminina fazia-se sentir ao meu lado. Qual seu nome? Qual seu rosto? inutilmente tentava fixar-lhe a face mas varios aspectos hipoteticos, conhecidos e desconhecidos, dançavam em minha visão e nenhum se afirmava. Mas a candura e o afeto dela me afirmavam curando todas as chagas e saciando a sede de esperança. Como expressar a plenitude da minha alegria? como reter o hálito da paz e torna-lo verbo? meu amor se espalhava na quatro direções do universo.
Porém houve um momento de torpor ou uma distração com um girassol fantástico que brilhava como um cosmos. A esse brilho, a essa luz, a aquela força infinita e silenciosa eu me rendi, um segundo apenas, e quando retornei a criança desaparecera e o vazio de sua presença linda estraçalhou meu coração. Gritei seu nome so fundo de meu peito ôco, como só os condenados fazem. Bradei aos ventos com tal furia e tal ganancia que se houvessem deuses a força desse desespero os derrubaria de sua beatitude iluminada. só o sarcasmo e o silencio responderam com seu não. Olhei para a mulher que até então me acompanhava esperando por um toque, uma palavra, uma seta que apontasse para qualquer coisa... inútil. Da distancia seu vulto me acenava. O céu até então azul fechou-se em cinza e tempestade enquanto o ronco dos tambores se uniam aos passos fortes de uma multidão faminta de defuntos que surgiam no horizonte escuro.
Acordei no meio da noite em pranto e coberto de suor. O cheiro das coisas remoidas subiu do quarto imundo. arrastei o corpo dolorido até o banheiro e o pote de ervas me sorriu sardonico. Enrolei meus temores em uma seda para incinera-los e os transformei em sonhos mais leves ao som de Bach.
Porém houve um momento de torpor ou uma distração com um girassol fantástico que brilhava como um cosmos. A esse brilho, a essa luz, a aquela força infinita e silenciosa eu me rendi, um segundo apenas, e quando retornei a criança desaparecera e o vazio de sua presença linda estraçalhou meu coração. Gritei seu nome so fundo de meu peito ôco, como só os condenados fazem. Bradei aos ventos com tal furia e tal ganancia que se houvessem deuses a força desse desespero os derrubaria de sua beatitude iluminada. só o sarcasmo e o silencio responderam com seu não. Olhei para a mulher que até então me acompanhava esperando por um toque, uma palavra, uma seta que apontasse para qualquer coisa... inútil. Da distancia seu vulto me acenava. O céu até então azul fechou-se em cinza e tempestade enquanto o ronco dos tambores se uniam aos passos fortes de uma multidão faminta de defuntos que surgiam no horizonte escuro.
Acordei no meio da noite em pranto e coberto de suor. O cheiro das coisas remoidas subiu do quarto imundo. arrastei o corpo dolorido até o banheiro e o pote de ervas me sorriu sardonico. Enrolei meus temores em uma seda para incinera-los e os transformei em sonhos mais leves ao som de Bach.