que ficaram os teus farrapos por sobre os papelões?
e seus pensamnetos orfãos
vagando
pela nossa casa podre que herdamos e perdemos,
meu amigo para onde foste?
os fantasmas de nossas noites maltrapilhas
sem afeto
e a indigencia de pão e de propósito
me despertaram para tua ausência
muito tarde.
você acha que é capaz?
de engolir o oceano?
você não vê as lapides de mêdo
por sobre seu destino?
meu amigo, para onde foste?
eu me lembrei dos bairros negros onde
dividimos nossos sonhos
na cegueira santa em que adormecemos
para toda sensatez viável.
Tapas da policia ! dente apodrecido! Cristianismo do deus morto ! sexo sem corpo!
E os caminhos conversantes das possibilidades metafisicas
de nossa covardia ancestral.
Meu amigo, meu pai e meu irmão...
minha mão sem voz está aberta para o teu retorno
retoma os laços com o inevitavel
e ressucita para os teus fracassos.
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