quarta-feira, novembro 11, 2009

Sob uma colina olhando a cidade

Do interior de nossos dias no tempo
não sairemos inteiros.
Tocados pela garra do evento
não sairemos inteiros.
Amarrotados pela pressão externa do encontro
não sairemos inteiros.
Ninguém haverá de escapar
ninguém poderá exclamar
não existirão escolhidos
nada escapará ao ocaso
e a penumbra nos envolverá as pupilas
como um sopro de escuridão e tristeza.
O orvalho pendente nos ramos,
o brando descanso das pedras
e a terra finalmente deserta
coberta por um silêncio que lembrará um sorriso.

3 comentários:

Figueredo Dias disse...

A beleza do ato é sabê-lo singular.

Rafael Medeiros disse...

Contingence!

Rafael Medeiros disse...

Cantaste com suavidade e beleza o que a maioria das pessoas têm medo de encarar, mas cujo enfrentamento é a única verdade que REALMENTE liberta.