domingo, janeiro 11, 2009

Vamos...

Corram crianças...
lá estão os seus brinquedos.
Centopeis cerebrais de ferro, Muco artificial de enchofre,
Arame farpado para os jogos de afeto
e mêdo.
Saltem por sobre as estacas ensandecidas interminaveis
fincadas em suculentas carcaças de amanhã,
sem cuidado ou previdência,
assim foi
assim será e deve ser eternamente.
Até que os astros rolem sem centro sobre o umbigo carmico das coisas.
Crescer e utilizar machados, fertilizar antes de florir, apodrecer
pelos insetos antigos e louvaveis funerais queridos.
Aqui chegamos...
-Contradição para todos os desejos !
- Amaramento de toda viabilidade de clareza !

Trepada por obrigação, bater o ponto, um contrato, as telenovelas reforçando
toda negação humana formulada em claustros e mancomios espelhados.

Como o vale é amplo...
Uma brisa sutil percorre de ponta a ponta o caminho
daquele que se sufoca na poeira de suas cegas exigências.
O sangue coagula nas folhas por onde se arrastou
uma palavra.
E os passaros sorriem sem compreender a estupidez
de quem seguiu sobre os espinhos.

9 comentários:

jorginho da hora disse...

Engraçado, uma vez, depois de ler um texto seu, senti vontade de afirmar minha posição, escrevendo: "Realmente a melancolia não me atrai". Realmente, não. Mas por que aquele texto inspirou-me a palavra melancolia se o mais correto para defini-lo seria dramatico? Acho que foi um ato falho; devo ter me identificado com alguma coisa nele que remeteu-me a um sentimento instataneo, mesmo que por alguns segundos, de melancolia.
Veja que coisa epilética: de repente isso me vem à memoria e eu resolvo comentar. Nada a ver.
Depois volto prá fazer um comentário mais digno.

jorginho da hora disse...

Leal, dá uma olhadinha na postagem de "inferno". Eu tentei expliquei melhor o meu comentário feito lá, pois parece que teve gente que não entendeu direito.

Enzo de Marco disse...

rapaz vc cosegue transformar a poesia em algo que se deva prestar ´´a atenção
kakaa
saudações amigo de um retirante as avessas

jorginho da hora disse...

O problema, leal, é que tudo vira industria ou show busines. Amor e sexo, por exemplo, são palavras que enchem os olhos dos empresários ao ponto da excitação nirvanica.

Hilton disse...

O jorge tem razão..mas isso na minha opnião não desautoriza nada.Somente puritanos acreditam que o que se torna comercial perde o valor. A credito que a vida se torna mais interessante (e menos reclamante)se pensarmos que é a nossa relacão com a coisa que determina o valor dessa mesma coisa, e não o uso que as outras pessoas,o comercio ou a cultura dela fazem,
Abraços.

Hilton disse...

O jorge tem razão..mas isso na minha opnião não desautoriza nada.Somente puritanos acreditam que o que se torna comercial perde o valor. A credito que a vida se torna mais interessante (e menos reclamante)se pensarmos que é a nossa relacão com a coisa que determina o valor dessa mesma coisa, e não o uso que as outras pessoas,o comercio ou a cultura dela fazem,
Abraços.

jorginho da hora disse...

É isso aí, concordo.

Rafael Medeiros disse...

Vida longa ao romantismo pragmatico!!!

Rafael Medeiros disse...

Estou em estado cataleptico, com os olhos fixos nos dois ultimos versos...