segunda-feira, julho 13, 2009

Convite em vermelho

Meu horizonte poderia não ser
Um imenso abismo,
Com estrelas insensatas e meteoros inquietos
Costurando o espaço frio entre nossos corpos
Sedentos de uma aurora que ainda não chegou.
Nossos caminhos poderiam deixar de ser palmeiras
Agitando-se nas caricias de um temporal que jamais se afasta,
Mergulhando as raízes em nossas vidas atuais,
Frias como a terra, cinzas como o pó,
Isensatas e prudentes como tudo que se passa
No passado.
E o futuro é um largo mar,
Que convida nosssos passos e os nossos medos
Para dançarmos na destruição alegre
Dos muros e das pedras que impedem
O amor.
E o amor é uma palavra ousada que tomba no final,
É a bandeira sustentada pela nossa fome,
Fome de um brilho que se veste do olhar,
De um pedaço de aceno que se consuma no destino
De uma sentença clara calada pelo mêdo.

Um comentário:

Figueredo Dias disse...

Tantas outras coisas poderiam ter sido se...e esse se, é o desenrolar das escolhas que não floresceram.