Amo os teus olhos diluídos
Em um mar vermelho
onde deságuam enxames.
Teus gestos de vestal sem templo ou castidade
Sua pouca inclinação para o sagrado
e sério.
Amo tua mania de inquietações, teu hábito de entrega
Furiosa,
Os segredos gritantes do teu medo
Onde sacio a minha fome de igualdades.
Dessa maneira eu permaneço em mim quando me procuras
Me esquivando com verdades e me oferecendo em silêncios
Onde somos dois irmãos malditos
Permanecidos na lembrança de tardes de partilha
Ocultos na vestimenta dos segredos improváveis
Porque deveria haver sentido nesse mundo,
Porque esse mundo deveria fazer algum sentido.
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