Procuro por um Sutra que cale meus tombos
Uma estrutura mais branda,
E a remissão do meu tédio.
Procuro por uma sonata de luz, um breve intervalo
Sutil
Onde possa sentar-me comigo e aceitar essa rigidez
Que me cerca.
Procuro um Alegro ma non Tropo
Um beijo sem memórias e um gesto sem condenações
Sem a tensão dos seus braços, sem a distração do meu jeito
Sem o tudo que tem sido nós dois.
Procuro, já não cabe fingir, o mesmo de sempre
O ponto cego para sentir-me estável
Olhar na face do medo
E beber plenamente
a minha taça de tempo.
Um comentário:
Compartilho desse sentimento de achar o ponto cego que me dará segurança, mas ainda estou cega para enxergar o que ninguém achou...
me sinto assim numa procura que se põe com o sol, e me visita em sonhos algumas vezes, e toda manhã me acorda logo cedo com um bafejo de levanta! tá na hora.
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