Ah.... as mulheres.
a doçura de suas mágoas,
a força temerosa de seu silêncio,
o medo terrível que eu sinto
perto de todas elas...
O brilho nos olhos quando amam,
o gesto de desprezo
quando não querem.
chuva fina sobre o oceano sozinho...
E ainda mais, sobretudo,
as mãos e os gestos.
A soberania de seus desejos
sobre minhas opniões.
Depois das batalhas,
a suavidade e a força
que se oculta para favorecer
a minha vaidade
infantil.
Sempre serei um menino por elas,
encenando
indiferênça e poder
aos seus olhos.
Lindas, todas são lindas
quando choram, aconselham
e esperam,
quando gozam, quando amam, quando são crueis.
Durante tanto tempo não as
compreendi,
durante tanto tempo não as
encontrei,
e hoje ainda me escapam.
Minha compreensão sobre elas
é trêmula e medrosa
como as mãos de um garotinho
que pela primeira vez deu um beijo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário