segunda-feira, julho 18, 2011

minha versão sobre o amor

Ah.... as mulheres.

a doçura de suas mágoas,

a força temerosa de seu silêncio,

o medo terrível que eu sinto

perto de todas elas...

O brilho nos olhos quando amam,

o gesto de desprezo

quando não querem.

chuva fina sobre o oceano sozinho...

E ainda mais, sobretudo,

as mãos e os gestos.

A soberania de seus desejos

sobre minhas opniões.

Depois das batalhas,

a suavidade e a força

que se oculta para favorecer

a minha vaidade

infantil.

Sempre serei um menino por elas,

encenando

indiferênça e poder

aos seus olhos.

Lindas, todas são lindas

quando choram, aconselham

e esperam,

quando gozam, quando amam, quando são crueis.

Durante tanto tempo não as

compreendi,

durante tanto tempo não as

encontrei,

e hoje ainda me escapam.

Minha compreensão sobre elas

é trêmula e medrosa

como as mãos de um garotinho

que pela primeira vez deu um beijo.

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