Como definir meu Eu
Em sua estrutura não contextual
Em seu onírico desdobrar-se em fatos
Nos pensamentos que se sucedem
Sem ter fim.
Nas escolhas que se impuseram
Mas que fiz
Abertura imponderável para uma passagem
Cega
Cegueira opaca onde cintilam esferas
Escolhas cegas que me trouxeram
Até aqui.
Como definir meu EU
Essa trama de acasos submetidos aos consensos
Essas intuições silenciosas que apreendes por palavras
Essa paixão insana que me divide entre duas
Exigências
Essa pergunta louca que se responde a si mesma...
Como poderá essa escassez abrigar-te no amplexo?
Pois não admito um EU reduzido às circunstâncias
Exilado do sentido que espalhas com seus gestos
Perdido do amor que encontro nos seus lábios.
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