domingo, dezembro 04, 2011

Polegadas.

Aqui e atento
perdendo o tempo que é
pouco
por incapacidade de administrar
o bom senso.
Aqui e agora,
mais velho, mais tolo
mais cansado
alguma sobrevida encontrada
algumas alegrias fabricadas
nenhum brilho mágico
exceto o do jardim.
38, e tanta luta, tanta fome
jogado de um lado ao outro
sem muita alternativa
exceto essa chama louca
que insiste em ficar viva.
Muitos livros para ler, pensamentos
a considerar,
e amores a perder
(No amor nunca vi ninguém
ganhar.)
Aqui, ainda na trincheira,
mensurando dimensões em polegadas
esperando pela condenação do julgamento
ou pela assimilação do nada.

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