segunda-feira, agosto 10, 2009

Silêncio noturno.

Eu procurei em vão a proposição mais firme
e urrei na noite por uma realidade diferente
eu era a proa do naufrágio e o timoneiro da ultima nave
estelar,
que se destinava a teus olhos femininos e a sede da ressureição
e do contato.
Era o corpo e a fome do encontro,
era a vida nova que me reclamava das entranhas
eram os lugares verdejantes,
as pradarias do infinito,
e os poemas não escritos para uma nova raça que viria.
O vôo inconstante de uma borboleta
sob brilho matutino de um rapaz apaixonado.
Eram as raízes tenras do determinismo
contra uma multidão de espaços e silêncios frios
como tumbas de concreto que engoliam poesias.
E as poesias eram engolidas por tumbas de silêncio frio.
No entanto haviam ainda os nossos corpos,
que lutaram na batalha vespertina contra as certezas
e as conspirações.
Havia o teu segredo silencioso,
tuas fantasias e aventuras,
teu gozo afirmativo que se rebelava contra qualquer forma
de poder,
havia o bosque esvoaçante,
o jardim dos cantos,
e o fruto eventual que brota do momento
Para adoçar meus lábios de poeta com a ultima palavra
e enternecer a minha alma alada para a dolorosa espera.

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