Um dia eu fui um monge em Bombain
E me contorcia entorpecido de Alah
Dava corpo em verso as visões, Rishi
E tentava superar as contradições do meu Torah
Também já me vesti de Dharmapada
E caminhei orando do Tsé até Ganges
Transportando Sunyata e Amitaba
Adorando Brahma que tudo em si abrange
Já fui sacerdote silencioso na Alemanha
Ouvi Ekhart pregar os seu louco sermão
Bebi na América o suco de uma planta estranha
Que deixou nas portas da extrema comunhão
De tanta andança, tanta busca, sequei o meu ardor
Tomo alguns goles, crio os filhos, sigo em frente
E se algum cristão me aparece louvando o senhor
Sorrio, e me afasto da criança inconseqüente.
Um comentário:
Eu ando muito por ai,
eu já fui muita gente e muito bicho.
Eu já fui em muitos mundos,
e também já tomei várias vezes o caldo das cicutas malditas.
Sempre tomo goles e mais goles das minhas verdades, elas são o meu combustível contra eles. E quando encontro algum cristão louvando ao Senhor eu o saldo, e quando encontro outras pessoas louvando o que querem eu os saldo també, e logo sigo adiante.
Sombra Ovóide
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