A vida pode ser uma coisa estranha que nos acontece
Ou que nós somos.
Um surto de cotidiano que seguimos, uma trajetória cega que sorrimos
Uma queda pesada no porão.
Quase sempre é nada disso, muito menos
Meros acenos sorridentes em direção ao sol poente
Que nos ignora como faz a multidão.
A vida pode ser a coisa errada que acontece a um menino
Maltratado, a uma mulher abandonada, a aquele velho que mora
Na escada
O único caminho que nós conhecemos,
Um golpe de pistola que assusta
Um sono doce que aos poucos esquecemos.
A vida pode ser nossa quinhão de pena, de medo, de desvelo,
De bravura
O monstro escondido as escuras
Que nada mais é senão nossa verdade
Um comentário:
Como sempre, de foder. E que rimas acidentais nós, que não arquitectamos poemas-prédios, somos capazes de disparar!
Rafael Medeiros. Ainda estou vivo e dentro de tudo isso!!!
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