quarta-feira, janeiro 04, 2012

Serenata e luto.

O peso exato do vento tem um nome,
e a cor das coisas se dissolve
no painel confuso das memórias que cultivo
para não perder o que deixaste em mim
de eterno.
A deriva nesse mar de atalhos,
Combatendo nessa guerra de contrários
Com as mãos sedentas de algo sóbrio
Como a polpa do carinho que sorvi
Contigo.

A noite se estende até o oceano
Os meus livros de estudo silenciam
E eu compreendo que também não
Tenha sido
A ocasião propícia para sermos NÓS.
Mas agora que não há razões
Agora que estás distante
Agora que luz perene dos seus olhos
Me deixou
Eu sento, sem metáforas, e acendo um cigarro
De luto por mim mesmo
E vazio de tudo
Menos de ti.

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