Palavras acidentais, produzidas em gesto espontâneo para desaparecer em seguida no turbilhão do nada.
domingo, dezembro 24, 2006
contraste de dois tons
tenho procurado razões para permanecer..
.mais a aridez destes dias é imune
a justificativas.
tenho tentado acender luzes no sol poente de meus dias,
e varrer a poeira dos maus pensamentos para longe.
mas um novo demônio sorrateiro
brota novamente da arvore de minhas esperanças.
sei que voçês são mais sensatos.
que possuem uma luz que desconheço,
que sorveram a ambrosia de dias leves
e que o desespero não se deita convosco na mesma cama.
deixo então as minhas horas negras como um credo
uma litania do perigo e um convite ao cuidado
com as pequenas coisas.
deixo minhas flores comfiantes na janela
para lembrar que eu sempre busquei mais
e que retirei a minha vida
das entranhas da escuridão.
.mais a aridez destes dias é imune
a justificativas.
tenho tentado acender luzes no sol poente de meus dias,
e varrer a poeira dos maus pensamentos para longe.
mas um novo demônio sorrateiro
brota novamente da arvore de minhas esperanças.
sei que voçês são mais sensatos.
que possuem uma luz que desconheço,
que sorveram a ambrosia de dias leves
e que o desespero não se deita convosco na mesma cama.
deixo então as minhas horas negras como um credo
uma litania do perigo e um convite ao cuidado
com as pequenas coisas.
deixo minhas flores comfiantes na janela
para lembrar que eu sempre busquei mais
e que retirei a minha vida
das entranhas da escuridão.
sexta-feira, dezembro 22, 2006
sonho e tempestade
ela tem o sorriso leve de uma manhã
de inverno
e meu coração desesperado tem paixões
de mil verões e desertos infinitos.
ela tem um toque doce,um beijo leve
e um jeito silencioso de falar ao meu desejo.
e eu mastigo amarguras em meu riso ciníco
que se diluem em sua ternura branda e em seu corpo
inquieto
que explode em prazer entre meus braços.
ela está tão longe....
e a lava de meu peito não encontra paz,
e seu riso magico encanta terras distantes.
estou aqui parado com a areia da paixão
escorrendo entre os dedos.
sexta-feira, dezembro 15, 2006
uma noite ruim
para alguem que talvez nunca volte
Ando bebendo muito.
com poucos trocados e muitos planos sem chance.
pisando fundo no acelerador justamente na hora da curva.
ontem a noite choveu como nunca.
a agua caia na rua como um punho irado
e as pessoas corriam como ratazanas aflitas.
senti-me vingado......
mais durou pouco.
Já encontrei pessoas incriveis
mais eu nunca fui incrivel o bastante para
viver uma vida incrivel com elas.
a torrente absurda dos dias sempre me arrastou em direção
ao nada.
eles estão lá......
e todas as promessas fracassaram
e ninguem acordou no dia seguinte.
para alguem que talvez nunca volte
Ando bebendo muito.
com poucos trocados e muitos planos sem chance.
pisando fundo no acelerador justamente na hora da curva.
ontem a noite choveu como nunca.
a agua caia na rua como um punho irado
e as pessoas corriam como ratazanas aflitas.
senti-me vingado......
mais durou pouco.
Já encontrei pessoas incriveis
mais eu nunca fui incrivel o bastante para
viver uma vida incrivel com elas.
a torrente absurda dos dias sempre me arrastou em direção
ao nada.
eles estão lá......
e todas as promessas fracassaram
e ninguem acordou no dia seguinte.
sábado, dezembro 02, 2006
costumo colher auroras
enquanto embriagados de si mesmos
os outros dormem.
aparo as arestas da alegria e rego
minhas feridas para a colheita do sonho.
eu e voçê, meu bem, podemos ver a onda
gigante quebrar por sobre a cabeça da cidade serenos e em paz
apesar da larva da aflição por traz dos nossos olhos
cobertos pela cinza.
eu não sei de voçê...mais vou continuar.
contrariando as hipoteses e a prudencia,
amando mais que a medida do bom senso,
com as raizes fincadas na minha finitude
e a morte do meu lado me lembrando que o tempo é curto.
que os imortais e cegos façam diferente...
quero me embriagar de vida...
me dando a cada gesto e cada ato
como o vento se desdobra sobre os dedos do infinito.
enquanto embriagados de si mesmos
os outros dormem.
aparo as arestas da alegria e rego
minhas feridas para a colheita do sonho.
eu e voçê, meu bem, podemos ver a onda
gigante quebrar por sobre a cabeça da cidade serenos e em paz
apesar da larva da aflição por traz dos nossos olhos
cobertos pela cinza.
eu não sei de voçê...mais vou continuar.
contrariando as hipoteses e a prudencia,
amando mais que a medida do bom senso,
com as raizes fincadas na minha finitude
e a morte do meu lado me lembrando que o tempo é curto.
que os imortais e cegos façam diferente...
quero me embriagar de vida...
me dando a cada gesto e cada ato
como o vento se desdobra sobre os dedos do infinito.
sábado, outubro 28, 2006
palavras,batalhas,desalento.
passaros breves pousados no jardim,
os olhos banhados pelo saldo dia,
minhas mãos vazias
na hora de partir.
as ruas com meus passos andando sem meus pés,
eu querendo en tua vida me encontrar.
voçê partindo porquê não posso me conter,
conter o germe inquieto do que posso me tornar.
e sem isso...o que sou minha querida?
sem a dor diaria que vem me visitar?
ela é talvez a vos da propria vida,
da vida rejeitada no leito de deitar
passaros breves pousados no jardim,
os olhos banhados pelo saldo dia,
minhas mãos vazias
na hora de partir.
as ruas com meus passos andando sem meus pés,
eu querendo en tua vida me encontrar.
voçê partindo porquê não posso me conter,
conter o germe inquieto do que posso me tornar.
e sem isso...o que sou minha querida?
sem a dor diaria que vem me visitar?
ela é talvez a vos da propria vida,
da vida rejeitada no leito de deitar
sábado, outubro 14, 2006
poema muito humano.
na beira do mar,sorvendo em goles meu quinhão
de embriaguês admitida.
com o mundo sob os pés escorrendo lentamente
para direção alguma.
meus dias sob a mesa,
meu amor sem paz me consumindo,
minha filha linda rindo satisfeita...
o vento como um dedo do amanhã
consultando as mnihas esperançaS.
não tenho mais que isso:
uma mulher para me esperar em casa,
um trabalho para terminar,
o blues dando-me razão
e o sonho adolescente de renunciar ao mundo,
embriagado como estou
e sedento de todas as mulheres.
na beira do mar,sorvendo em goles meu quinhão
de embriaguês admitida.
com o mundo sob os pés escorrendo lentamente
para direção alguma.
meus dias sob a mesa,
meu amor sem paz me consumindo,
minha filha linda rindo satisfeita...
o vento como um dedo do amanhã
consultando as mnihas esperançaS.
não tenho mais que isso:
uma mulher para me esperar em casa,
um trabalho para terminar,
o blues dando-me razão
e o sonho adolescente de renunciar ao mundo,
embriagado como estou
e sedento de todas as mulheres.
sábado, setembro 02, 2006
trabalho ,amanhã e seu afeto engolido
pelo dia a dia.
onde plantamos as sementes de nossas promessas?
e paramos e regar os nossos sonhos com entendimento?
estamos sós.
Um novo porre,uma trepada sem ninguem do outro lado.
muito cuidado com as farpas de concepções involuntarias
e nocivas.
estou farto....
a vida é inocente,
a felicidade é possivel e seus doces frutos esperam
ser colhidos com cautela.
mais estou farto.....
e seus justos anseios
de que eu seja um homem bom
e o sol de tua vida
me cheiram a trapaça.
adeus,baby.
pelo dia a dia.
onde plantamos as sementes de nossas promessas?
e paramos e regar os nossos sonhos com entendimento?
estamos sós.
Um novo porre,uma trepada sem ninguem do outro lado.
muito cuidado com as farpas de concepções involuntarias
e nocivas.
estou farto....
a vida é inocente,
a felicidade é possivel e seus doces frutos esperam
ser colhidos com cautela.
mais estou farto.....
e seus justos anseios
de que eu seja um homem bom
e o sol de tua vida
me cheiram a trapaça.
adeus,baby.
terça-feira, agosto 29, 2006
sombra e espinho na taça do momento.
E os fulcros multiplos de meu pensamento.
se desfazendo em meio a agitaçàosem significado.
ainda assim eu te desejo,
voçê sabe.
seu prazer exala dos gestos em outra direçào.
força,furia e a minha teimosia
até a silaba fatal da frase e da sentença.
meus mundos infinitos de alegria e de paz,
minhas trincheiras ensanguentadas na bruma das manhãs.
carvão para as paredes brancas!
fogo,para o muco de meu pulmão!
amor inefavel
para a castraçãode nossos sonhos, meu amor.
estalam no escuro teus gemidos
no soluço seco de gozar,sozinha....
E os fulcros multiplos de meu pensamento.
se desfazendo em meio a agitaçàosem significado.
ainda assim eu te desejo,
voçê sabe.
seu prazer exala dos gestos em outra direçào.
força,furia e a minha teimosia
até a silaba fatal da frase e da sentença.
meus mundos infinitos de alegria e de paz,
minhas trincheiras ensanguentadas na bruma das manhãs.
carvão para as paredes brancas!
fogo,para o muco de meu pulmão!
amor inefavel
para a castraçãode nossos sonhos, meu amor.
estalam no escuro teus gemidos
no soluço seco de gozar,sozinha....
sexta-feira, agosto 25, 2006
Hoje meu coração não tem espaço
para o bom senso.
livros na estante,copo cheio,paredes sinistras me olhando
com desdém.
A maquina do tempo cavalgando a carcaça dos minutos;
cada vez mais rapido,cada vez mais rapido....
quando a vida era mais
sonhava com horizontes e garotas
viagens e sucessos.
E um dia voçê esteve em meus braços
linda como o céu ,doce como minha infancia ....
e agora ouço uma coruja no telhado
velha,prudente e sem vida
me dizendo para te esqueçer e retornar
ao universo de todas as pessoas que não sofrem
ao espaço comum dos que só tem metas.
sábado, agosto 19, 2006
Quando voçê chegar
no lugar,depois das batalhas do amor
estarei lá.
sorriso claro e peito aberto,
com margaridas cobrindo os campos
e com canções de alegria e beijos
do agora.
Repartiremos nossas frutas
e nossas almas
em silencio e entendimento,
enquanto cavalos alados
preparam o horizonte
para uma outra aventura...
e eu poderei finalmente te abraçar
no lugar,depois das batalhas do amor
estarei lá.
sorriso claro e peito aberto,
com margaridas cobrindo os campos
e com canções de alegria e beijos
do agora.
Repartiremos nossas frutas
e nossas almas
em silencio e entendimento,
enquanto cavalos alados
preparam o horizonte
para uma outra aventura...
e eu poderei finalmente te abraçar
Entre o ultimo gole de vinho
e o beijo de outra despedida
tento captar cada segundo de agora que me escapa.
Retendo entre os dedos o fio da esperança,
olhando com sarcasmo
suas fotos amarelando na estante,
construindo o desespero com sonhos de uma vida ampla
maior que as catedrais do infinito!
Mais voçê não veio....
a casa que te aguardava ficou triste.
e os passaros da primaveraforam morrer no polo norte.
Aqui em minha sala novos deuses
criaram outros mundos,
sob a poeira da estrada que atravessei
para me perder de ti.
e o beijo de outra despedida
tento captar cada segundo de agora que me escapa.
Retendo entre os dedos o fio da esperança,
olhando com sarcasmo
suas fotos amarelando na estante,
construindo o desespero com sonhos de uma vida ampla
maior que as catedrais do infinito!
Mais voçê não veio....
a casa que te aguardava ficou triste.
e os passaros da primaveraforam morrer no polo norte.
Aqui em minha sala novos deuses
criaram outros mundos,
sob a poeira da estrada que atravessei
para me perder de ti.
ceu negro.
a tempestadeespanca a cara das ruas
perfeito!
fumaça,blues & solidão aqui dentro,
mortos correndo la fora.
meu peito estraçalhado
e os trovões.
sono embriagado para envolver
minha dor.
onde está voçê?arrancada da medula de meu desejo,
ardendo em minha memória como um cancro podre
e ainda guardando nos braços
os melhores momentos de minha vida
alguem mais sensato
e menos vivoque voçê pode amar
sem se expor, eu sei...
um apocalipse de raios no céu.
As sementes morrem sob a terra
para a explosão de vida
quando eu te esqueçer.
a tempestadeespanca a cara das ruas
perfeito!
fumaça,blues & solidão aqui dentro,
mortos correndo la fora.
meu peito estraçalhado
e os trovões.
sono embriagado para envolver
minha dor.
onde está voçê?arrancada da medula de meu desejo,
ardendo em minha memória como um cancro podre
e ainda guardando nos braços
os melhores momentos de minha vida
alguem mais sensato
e menos vivoque voçê pode amar
sem se expor, eu sei...
um apocalipse de raios no céu.
As sementes morrem sob a terra
para a explosão de vida
quando eu te esqueçer.
quero voçê meu bem.
doce e leve nos meus braços
suave como a chuva fina de manhã
com a coragem de viver seu corpo
e a harmonia nos braços e nos gestos.
quero voçê, meu bem.
linda,deslizando em seu destino,
amante doce,insegura para mim,
com o coração instavel florindo ao sol nascente
e mesmo sua dor refletida
na retina.
quero voçê ,meu bem.
com seu riso claro,seu humor inesperado
para demolir meu orgulho
de ser tão masculino.
quero voçê meu bem.
para encantar meu egoismo com
a tua vaidade
beber teu gozo e dividir meu vinho
e dar-te como a ninguem
A parte fragil de meu sonho
a medida exata de meu beijo.
doce e leve nos meus braços
suave como a chuva fina de manhã
com a coragem de viver seu corpo
e a harmonia nos braços e nos gestos.
quero voçê, meu bem.
linda,deslizando em seu destino,
amante doce,insegura para mim,
com o coração instavel florindo ao sol nascente
e mesmo sua dor refletida
na retina.
quero voçê ,meu bem.
com seu riso claro,seu humor inesperado
para demolir meu orgulho
de ser tão masculino.
quero voçê meu bem.
para encantar meu egoismo com
a tua vaidade
beber teu gozo e dividir meu vinho
e dar-te como a ninguem
A parte fragil de meu sonho
a medida exata de meu beijo.
sexta-feira, agosto 18, 2006
mais um passo em direção ao infinito....
meu coração inquieto tem sede de horizontes.
A ausencia de coesão na estrutura dos momentos
e o espanto inicial de todas as manhãs
me atiram nos braços do acaso
e nos beijos desesperadamente tristes
das mulheres que tocaram o mistério.
eu sinto o galopar das horas
sobre a carcaça dos sonhos e das esperanças
o bebum caido na calçada me conhece
o roto miseravel sem propósito me conhece
o ricaço com olhos de inseto que não sonha
me conhece.....
estou no coração de todas as pessoas
passeio insuspeito na trama dos própositos
sei o gosto exato das coisas menos procuradas
me costuro com a linha da paixão....
a chuva furiosa espanca a cara das
cidades.
beijos de amantes estalam em extases divinos,
meu amor pelas coisas se espalha nas quatro direções do universo,
mastigo o coração de deus com meus pensamentos...
.acendo um cigarro,abro meu omar khayam....
e deixo dilan me falar dos seus momentos .
meu coração inquieto tem sede de horizontes.
A ausencia de coesão na estrutura dos momentos
e o espanto inicial de todas as manhãs
me atiram nos braços do acaso
e nos beijos desesperadamente tristes
das mulheres que tocaram o mistério.
eu sinto o galopar das horas
sobre a carcaça dos sonhos e das esperanças
o bebum caido na calçada me conhece
o roto miseravel sem propósito me conhece
o ricaço com olhos de inseto que não sonha
me conhece.....
estou no coração de todas as pessoas
passeio insuspeito na trama dos própositos
sei o gosto exato das coisas menos procuradas
me costuro com a linha da paixão....
a chuva furiosa espanca a cara das
cidades.
beijos de amantes estalam em extases divinos,
meu amor pelas coisas se espalha nas quatro direções do universo,
mastigo o coração de deus com meus pensamentos...
.acendo um cigarro,abro meu omar khayam....
e deixo dilan me falar dos seus momentos .
nãO SEI QUEM É O CULPADO....
mais costumo ter os sonhos mais lindos
e acordar em minha vida
para ver a mascara fingida
na cara dos outros.
já li os vedas,
o gita,
a doutrina do buda,
o tao-te-king,
a biblia
e o rubayat
nada resolve nada.
cada dia me sinto mais seco e sozinho...ou mais livre
e capaz.
a expansão de teu olhar
sobre a face do amor,
o momento perfeito do teu corpo
no meu, suando,
e a volta pra casa
estalando os dedos e assobiando
uma canção .
mais costumo ter os sonhos mais lindos
e acordar em minha vida
para ver a mascara fingida
na cara dos outros.
já li os vedas,
o gita,
a doutrina do buda,
o tao-te-king,
a biblia
e o rubayat
nada resolve nada.
cada dia me sinto mais seco e sozinho...ou mais livre
e capaz.
a expansão de teu olhar
sobre a face do amor,
o momento perfeito do teu corpo
no meu, suando,
e a volta pra casa
estalando os dedos e assobiando
uma canção .
ah.... as mulheres.
a doçura de suas magoas,
a força temerosa de seu silencio,
o mêdo que eu sinto
perto de todas elas...
o brilho nos olhos quando ama,
o gesto de desprezo
quando não quer.
chuva fina sobreo oceano sozinho...
sobretudo...
as mãos e os gestos.
A soberania de seus desejos
sobre minhas opniões.
depois das batalhas,
a suavidade e a força
que se oculta para favorecer
a minha vaidade .
a doçura de suas magoas,
a força temerosa de seu silencio,
o mêdo que eu sinto
perto de todas elas...
o brilho nos olhos quando ama,
o gesto de desprezo
quando não quer.
chuva fina sobreo oceano sozinho...
sobretudo...
as mãos e os gestos.
A soberania de seus desejos
sobre minhas opniões.
depois das batalhas,
a suavidade e a força
que se oculta para favorecer
a minha vaidade .
O amor que não devasta
não é amor.
um tição espalha
o mesmo calor
que uma fogueira?
noite e dia,durante
a vida inteira o verdadeiro
amante se consome
na dor e no prazer.
um pouco de pão
um pouco de agua fresca
a sombra de uma arvore
e os teus olhos!
nenhum sultão é
mais feliz que eu
nenhum mendingo
é mais triste.
omar khayam
não é amor.
um tição espalha
o mesmo calor
que uma fogueira?
noite e dia,durante
a vida inteira o verdadeiro
amante se consome
na dor e no prazer.
um pouco de pão
um pouco de agua fresca
a sombra de uma arvore
e os teus olhos!
nenhum sultão é
mais feliz que eu
nenhum mendingo
é mais triste.
omar khayam
Já trilhei por sendas arriscadas contornando abismos e fitando a céu infinito com anelo e desprezo,as ondas rugiam sob meus pés famintas e crueis,mais inocentes.Já amei e amo ainda desesperada e suavemente e poucas mulheres são fortes o bastante para se alimentar de meu beijo sem sentir vertigens e fugir.sempre colhi girassois a margens do caminho e a fome de pão nunca foi maior que a sede de alegria e liberdade,eu me banhei nas aguas do agora e me redimi de querer ser outra coisa ou outro ser.Meus amigos são guerreiros e lutam suas lutas sem buscar por mestre ou muletas,eles vivem ou me deixam sem remorso.Trago canções e espranças,e o acaso para mim é a tela sobre a qual eu pinto um mundo amplo e indefinido onde o céu é o limite.
quinta-feira, agosto 17, 2006
Em que caminhos tortos esqueceste de sonhar?
passaros enganados cantavam em torno de tua cabeça
e muitas maquinas famintas atravessavam como setas
o silencio de teu peito.
jardins devastados pelo sopro de fogo do pavor...
Porém as aguas do amanhã beijavam teu pés
e os gritos da louca serpente te faziam correr,
que trajeto as cegas tateando entre coisas disformes
na floresta de tua confusão entre os homens!
onde estavas?o que querias?
para qual alvo a corda tesa do anseio apontava?
quem eras,pelos deuses,esqueceste?
hoje ainda és a mesma e afogada entre as aguas
do alheio pensamento,nem sofres por ti mesma.
Catando pedaços de afeto na superficie da desgraça
nem és capaz de amar.
e teu sonho,o anelo infinito por ti mesma
espera,
aguarda,
e confia,
em ti.
Nossos sonhos estão espalhados
pelo horizonte.
O sol maravilhoso brilha sobre
nossas cabeças...
onde iremos?
O rumor das ondas te leva a detestar o mar?
A incerteza dos dias coloca canções
de desespero em tua boca?
És grande,és imenso e tens mêdo de voar,
és breve,és pequeno e tentas contornar
o inevitavel com palavras.
Semeia os teus girassois,
fecunda teus dias com o olhar mais leve
sobre tudo.
E teus dias trilhando o caminho escuro terão colorido.
E mesmo tua solidão mais concreta terá no seio
a vitalidade sensual e heroica.
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