Atirado do esquecimento ao caos
eu caí naquele jogo.
Esmagado entre os ruídos e a retenção
das fezes,
entre as reivindicações do corpo
e a expectativa do amanhã
para celebrar o que não sabia.
As soluções do esquecimento
e a pobreza galopante que cortava
os componentes do deleite gustativo
e reduzia o meu café, o café de meus irmãos, o café de minha mãe
a um pobre repasto de pão e sombra.
Eu falo de coisas falsas, eu estou narrando absurdos
eu estou me vangloriando do fracasso, expondo chagas velhas para
incomodar seu sono?
AH! Mas que me importa incomodar, se podes não me ouvir?
Se tens o desfile matutino do sincretismo, politicismo, teísmo, ateísmo, marxismo, alémnismo, xamanismo, consciência e biscoitos pão e mel nos intervalos do delirio.
Estou preso no limbo dos preenchimentos pessoais
sou uma composição de mil vitrais falando sobre Dom Quixote e tantos outros personagens
de nosso Carnaval.
E o grito de poeira daquelas ruas de onde vim?
E a iniciação masculina, o mêdo das garotas?
A proibição, a mutilação do que é espontâneo em nome de um hábito e uma certidão?
AH! Mas eu tinha a LAdy Jane...
O rosto dela flutuando entres as brumas de minha imaginação entorpecida!
A eletricidade contida em pensamentos sem imagem e culpa sem ação.
E o escorrer de volta para o mundo sem espaço ode eu era apenas um estorvo.
A marca gelada que retemos permanece e condena
as noites intermináveis fitando a escuridão nos diz muito sobre a luz
mas eu não trago nada que possa te dizer
Eu não sou nem mesmo parecido com você.
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