Temos a luta cotidiana e a reivindicação alheia. Temos sede, fome, medo e um pouco de curiosidade. Saltando de um galho ao outro procuramos ferramentas para erguer os nossos tribunais onde poderemos sentenciar aqueles que vivem de forma diferente. Queremos punir e encaminhar. Desejamos dobrar a vontade alheia com reivindicações. Pobres soldados sozinhos! Pobres árvores devastadas erguendo galhos inúteis para estrangular outros ramos! De tantos cancros, visíveis e invisíveis, somos tecidos e ainda assim tentamos extrair um SIM e um NÃO. Um razoável e um absurdo para coroar nossa própria patologia inevitável. O amor é um signo para algo que não nos cabe. Uma ponte de lugar algum para o vazio. Tudo que nos sobra é combate...e algumas tréguas intervaladas para repartir o pão, o corpo, canções ocasionais e o silêncio companheiro que aceita.
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