Como se sabe o Judeu errante é um mito Israelita sobre um homem que foi condenado a vagar sem morrer até o dia do Juizo final. Tornado símbolo do romantismo essa figura chamada AHASVERUS está presente em poemas de Castro Alves, Augusto dos Anjos, Álvares de Azevedo e na prosa de Machado de Assis. O judeu errante é o cético inadaptado, eleito para uma vida longa e sábia, mas condenado a incompreensão e isolamento.
Hei de seguir eternamente a estrada
Que há tanto tempo venho já seguindo
Sem me importar com a noite que vem vindo
Como uma pavorosa alma penada.
Sem fé na redenção, sem crença em nada
Fugitivo que a dor vem perseguindo
Busco eu também a paz onde, sorrindo
Será também minha alma uma alvorada.
Onde é ela? Talvez nem mesmo exista...
Ninguém sabe onde fica... Certo, dista
Muitas e muitas léguas de caminho…
Não importa. O que importa é ir em fora
Pela ilusão de procurar a aurora
Sofrendo a dor de caminhar sozinho.
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