terça-feira, março 03, 2009

Ensaios Sobre Freud, Darwin e a Crise. Parte II

Em que circuntâncias procuramos a verdade e qual é sua relevância para cada um de nós? Penso que o que chamamos de verdade constitui, na maioria das vezes, o ponto a partir do qual pretendemos nos firmar para provar que os propósitos ou afirmações de alguém estão em contradição com ele mesmo, com sua essência ou com a essência do mundo ou da linguagem. Como o cientista de nosso liberalismo, Freud Poderia nos auxiliar a considerar obsoletas essas recorrência a verdade com o próposito de dobrar o outro, de fazê-lo reconhecer que suas opções e escolhas pessoais devem submeter-se a algo maior que ele mesmo. Devidamente incorporada a nossa cultura essa interpretação permitiria a produção de um amplo espectro de liberdades nunca dantes sonhadas, bom como um grau superlativo de tolerâncias e de convergências de interesses através da relativização de nossas exigências particulares acerca do que é o bem, o certo,e o desejavel.
Darwin poderia fazer o mesmo com nossa politica. A naturalização do bem estar, e a descrição da felicidade com um processo contigente de adequação entre o ser humano e o mundo poderia facultar-nos a descrição da politica com uma permanente tentativa de superar problemas momentâneos e injunções do contexto. Essas tentativas, obviamente teriam seu sucesso vinculado a dependência da criação de ferramentas, dispositivos, leis e práticas que ainda não temos e que só poderiam ser desenvolvidos "coletivamente" uma vez que o que estaria em jogo seria a sobrevivência e o bem estar de nossa "especie.

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