domingo, março 01, 2009

Ensaios Sobre Freud e Darwin e a crise. Parte 1

Precisamos redimir Freud e Darwin. Isso implicaria trabalhar arduamente para diferenciar a obra de Darwin de sua leitura hobesiana e obra de freud e suas interpretações marcuseanas, junguianas e Dawirnianas. Vivemos um momento delicado e perigoso da história pois certos riscos implicitos à tentativas contigencialistas como a politica democratica se concretizaram de maneira critíca. A recente crise do sistema econômico, a desorganização desse mesmo sistema econômico mundial e a conseqüente frustração momentânea de todas as expectativas dos pensadores liberais fazem resurgir o clamor pela segurança e estabilidade, bem como ao espirito de renúncia e suspeita acerca da maioridade dos indivíduos, que sabemos bem onde desagua. É um momento delicado, pricipalmente para os paises onde o processo de instauração da cultura iluminista não culminou na realização mediana dos nossos ideais de secularização e livre fruição para todos. O desemprego aumenta, o crime também e na esteira de tudo isso a possibilidade de avanço constante da barbarie em todos os seus aspectos. A reversão do presente quadro e o resgate das possibilidades de alimentar a esperança em uma sociedade secular e liberal, penso eu, dependerá em ultimo caso das decisões e acasos ocorridos no campo econômico, contudo, penso eu, existe algo que os literatos e filosófos como eu podem fazer. Poderiamos retomar Freud, publicizá-lo em uma linguagem menos chocante para o individúo que não nutre interesse pela filosofia nem pela ciência. Sim, penso na produção voltada para a ênfase aos aspectos "estetizantes", singularizantes da Psicanalize de Freud. Veja Freud permite-nos como enfatiza Rorty, vermo-nos como autores de nossa própria história. A psicanalize Freudiana aponta os acidentes e acasos da vida de cada pessoa, e a forma particular através da qual cada um reage a tais acasos, como determinantes para constituição de sua Psiquê. Sim, subtraindo s denúncia dos aspectos "patológicos" dessa determinação pelo acaso, bem como toda sua pretensão de encontrar uma metasicologia, Freud poderia ser o nosso "cientista" do liberalismo. (continua)

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