John Fante Morreu cego.
Ditava as imagens para sua esposa e não podia consumir nicotina.
Seus olhos estavam voltados para o mundo de dentro onde ele transitava
Entre as ruas e conversava com as palmeiras risonhas.
John fante elaborou seu relato com a caneta tinteiro
Da coragem de estar.
Ele sabia o que estava acontecendo e não tentou ir muito longe com aquilo.
John fante comprou seus cigarros,
viu o combate seguindo,
não se misturou com a lama
E permaneceu de pé em seu encanto e espantado.
John fante era bastante sutil para não espremer as palavras
John Fante era um homem e não estendeu seu clamor ao além,
John Fante não se revoltou, senão brevemente.
Consumiu as suas energias com a vida para além da revolta.
E translucidamente foi homem o bastante
Para não conceber desistências,
Para não cantar heroísmos ou fugas
Para olhar a noite chegando
O tempo passando
E a primavera esvaindo.
John Fante terminou em silêncio
transitando entre os caminhos confusos que ele tateou
buscando a alegria,
buscando a dignidade
e um bom vinho para celebrar
sua vida.
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