- Você só pensa em si mesmo! Não tem consideração ! Não se permite amar!
"O mundo é uma multiplicidade impressões unidas por uma faculdade subjetiva que sintetiza as experiências em uma mesma unidade, uma faculdade aperceptiva que cria a unidade onde ela não existe. Mas só temos acesso ao resultado dessa síntese, logo, qual a importância de afirmar a existência daquela faculdade? Quem se importa? Habito no multiplo, me pergunto se o próprio EU não é senão essa mesma sucessão assumida agora no momento em que escrevo e tento estabelecer a sua continuidade pressupondo que sou um."
-Veja, nosso relacionamento, minha dor, não lhe importam! Você vive tendo casos com aquelas putas! Porquê você não me diz a verdade? porque não confessa que não me ama e vai embora finalmente?
"E a morte? O que fazer com essa palavra? Não há nada que possa preenchê-la de substância. Se eu não tenho unidade senão a partir da memória,como presumir a minha continuidade depois do fim dos orgão que ofereceram imagens a ela? E se não há continuidade para o EU, que não sei o que é, como afirmar que a palavra morte tem significado se o que se perde com ela parece não ter?"
-Minha família estava certa! Você é um maldito machista insensível, só se precocupa com seu prazer, com seus casos, suas poesias, seus livros.
Mesmo minhas palavras através das quais expresso estes pensamentos...Elas foram inventadas e não encontradas. Presumem os religiosos que a linguagem expressa o modo como as coisas são. Mas isso é um antropomorfismo estúpido. Os budistas estão mais próximos, sim, mas a inação não é também uma forma de ação implicada portanto no carma?
-Eu vou embora! Não suporto mais a sua indiferença!
-Amor..
-O que é seu maldito canalha?
-Me traz uma maço de cigarros e uma cerveja do bar da esquina?
4 comentários:
"-Veja, nosso relacionamento, minha dor, não lhe importam! Você vive tendo casos com aquelas putas! Porquê você não me diz a verdade? porque não confessa que não me ama e vai embora finalmente?"
"-Minha família estava certa! Você é um maldito machista insensível, só se precocupa com seu prazer, com seus casos, suas poesias, seus livros."
Caro Hilton, esses dizeres são de uma clareza e lucidez desconcertantes. Boas perguntas.
O título desse post poderia ser: O amor para o mau-caráter.
Outra sugestão de título:
"Desculpas cerebralistas para a cafajestice."
Sim, desculpas, ou quem sabe heresias, que seria uma palavra mehlor ajustada ao contexto da discussão!
Salute!
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